Todo Campeão Tem! Motivação!

Todo campeão tem!

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Há vários enfoques para a motivação dentro do seu estudo teórico mas citaremos apenas dois deles, que assumem dentro do âmbito da competição um papel importante junto ao rendimento do tenista. São estes: motivação extrínseca e motivação intrínseca.

Ambas são necessárias, mas não devem se sobrepor quando falamos do momento em que o tenista está jogando.

Motivação extrínseca se caracteriza por um processo onde o indivíduo se esforça para atingir um único objetivo ligado a uma recompensa externa. Ex: o tenista se vê motivado a participar de um torneio por que este oferece aos participantes, uma grande quantia em dinheiro para o campeão. Neste caso, qualquer que seja o seu desempenho, este estará ligado a um estímulo externo: o dinheiro.

Já a motivação intrínseca se caracteriza por um processo onde o indivíduo se esforça para atingir um único objetivo ligado a uma recompensa interna, ou seja, a sua própria realização pessoal. Ex: o tenista se vê motivado a participar de um torneio não apenas pela recompensa externa que ele poderá oferecer, mas principalmente por que ele sente prazer em jogar e competir. Ao contrário do exemplo anterior, se o tenista perdesse, o nível de frustração dele seria diferente daquele que estava jogando apenas pelo dinheiro.

Mas como identificamos qual o estágio?

Quando um tenista entra para competir, ele está carregando consigo não só sua carga horária de treinamento, seu preparo físico, ou seu material, mas principalmente sua história de vida, o motivo pelo qual ele resolveu ser um tenista e competir. E é isso que determina em muitos momentos, a postura, o comportamento do tenista dentro da competição.

Tenistas que não têm certeza do motivo verdadeiro pelo qual estão treinando e sacrificando o seu tempo, tendem a demonstrar durante a competição, dificuldades com momentos difíceis da partida, momentos estes que exigem um preparo emocional do tenista que o faça superar sua ansiedade, seu nervosismo, sua falta de controle, etc. Isso se torna muito comum nos tenistas infanto-juvenis, que logo cedo já começam a "se especializar" através de treinamentos diários, preparação física, viagens constantes, etc. Passam a assumir uma rotina bastante diferenciada para sua idade, abdicando de convívio social, férias e amigos.

Mergulha na competição, motivados pelas recompensas externas como troféus, posição no ranking, auto-afirmação, busca pelo reconhecimento e amor dos pais. A motivação interna (intrínseca) torna-se um segundo plano e acaba esquecida.

Só então, quando o tenista percebe que o esforço, a vitória, a satisfação pessoal só depende dele e que ninguém poderá fazê-lo em seu lugar, é que os verdadeiros motivos pelos quais ele está ali começam a emergir de sua inconsciência, poderão interagir com os motivos externos que estiverem presentes.

Quando este processo ocorre, o comportamento do tenista passa a ser outro dentro da competição. O rendimento cresce e ele adquiriu a capacidade de lidar com suas dificuldades, desenvolvendo autoconfiança, concentração, disciplina e prazer pelo jogo.

Estratégias para se manter a motivação dentro do jogo, podem ajudá-lo a melhorar seu nervosismo e ansiedade, mas se você tiver oportunidade, não pense duas vezes em procurar um profissional para ajudá-lo.

Algumas dicas:

1. Procure sempre pensar na sua opção de ser tenista, ou seja, se foi realmente uma escolha sua, pois isso lhe dará a certeza de que você está fazendo o que gosta e isso é muito importante.

2. Faça dos seus treinos um laboratório. Experimente tudo o que for possível em termos de golpes e táticas, sem se importar com o resultado. Ter consciência disso faz com que você experimente sempre chegar ao seu limite e descobrir o que você é capaz de fazer.

3. Procure não olhar chaves de campeonato antes do jogo ou prestar atenção nos comentários de jogadores, antes do jogo, pois isso pode influenciar sua motivação. Nós nunca podemos prever as ações do adversário, mas podemos prever as nossas.

4. Visualizar imagens de jogadas com sucesso, imagens de jogos bem sucedidos ajudam a manter a autoconfiança para entrar na quadra.

5. Procure respirar com tranqüilidade nos momentos mais difíceis, buscando concentrar-se mais nas suas capacidades técnicas e mentais.

Lembre-se:

O que você expressa corporalmente ou verbalmente, para o seu adversário é o que determina seu estado emocional durante o jogo.

Portanto, cabeça baixa, ombros caídos, punições verbais feitas em voz alta (Eu sou um burro mesmo; Volta pra casa; Você não sabe jogar; Eu sou um fracasso, etc.) só demonstram seu desânimo, seu medo, sua desistência.

Por mais complicada que a partida esteja você deve estar com a cabeça erguida, procurando mostrar ao adversário que você está vivo até o fim. Só assim, você vai conseguir sair da quadra sentindo que você jogou tudo o que podia, ganhando ou perdendo.

De qualquer maneira, é sempre interessante além de praticar essas dicas, fazer um relatório dos seus jogos. Com eles, você passa a perceber se você sempre joga da mesma forma, se costuma cometer os mesmos erros, e o tipo de jogo que você mais gosta.

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